Tão mais visíveis são o tráfico de drogas e sua relação com a violência nos grandes centros urbanos que costuma-se, na linguagem coloquial, chamar de narcotráfico a todas as atividades da economia da droga. Esta metonímia conceitual não só encobre suas outras dimensões, como também revela um certo desconhecimento deste fenômeno.

O narcotráfico não constitui apenas uma questão delinquencial – policial como parecem assinalar periódicos e outros meios de comunicação, como rádio e televisão. Esta é sua face mais exposta. Aos olhos do senso comum aparece um fenômeno analisado apenas de acordo com o contexto de conjunturas políticas de curto prazo e de acontecimentos cotidianos que invadem os diversos lugares do mundo, graças ao poder dos meios de comunicação. Segundo Tovar Pinzón (1993), estes renunciam à história pela simples descrição do acontecimento e tem, de forma consciente ou inconsciente, se interessado essencialmente por um problema: o tráfico e os traficantes.

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Steiman, R. 2006. Tendências atuais de abordagem do narcotráfico. Boletim Drogas e Violência no Campo, 3.