Este artigo visa discorrer sobre a mudança de enfoques da fronteira da Amazônia setentrional, de periférica para estratégica, implicando em novas normatizações para o uso do território, novas implicações geopolíticas e novos conflitos decorrentes das reconstruções da fronteira, em especial a amapaense. A hipótese aqui considerada indica que a condição fronteiriça amapaense é decorrente da gradação da magnitude do Estado, estimulada inicialmente pela justificativa da Defesa Nacional e, posteriormente, pela sua integração ao mundo globalizado e articulado em redes, mediante às constantes ajustes espaciais, executados e fortalecidos pelo Governo Federal. Este artigo discute os seguintes tópicos: Defesa nacional, a condição fronteiriça e o uso do território lindeiro; A instalação de próteses e sistemas de engenharia e a formação espacial amapaense; Os novos usos da fronteira e as revisões da condição fronteiriça e; a organização espacial amapaense e a reestruturação da condição fronteiriça. Como questões orientadoras para reflexões tem-se: Quais são os fatores estimuladores da construção da condição fronteiriça amapaense? Como se comportou a justificativa da Defesa Nacional na construção da condição fronteiriça amapaense após a inserção do Amapá no cenário internacional?
[Link]
Silva, G. V. Da periferia à espaço estratégico: a construção a condição fronteiriça amapaense. XXXVI Reunion de Estudios Regionales. Badajoz – Elvas: APDR-AECR. Disponível em:
<http://www.reunionesdeestudiosregionales.org/elvasBadajoz2010/htdocs/pdf/p8.pdf>.