O presente artigo explora a materialização de conceitos como território e fronteira, a partir da pesquisa etnográfica na rede de terreiros Casa Africana Reino de Ogum Malé, com sede em Santana do Livramento (Brasil) – na fronteira com Rivera (Uruguai) – e filiais em Montevidéu (UY), Posadas (Argentina) e San Miguel de Tucumán (AR)1. Essa comunidade territorializa-se transnacionalmente através de laços de parentesco sangüíneo e ritual e do compartilhamento de práticas e valores religiosos. Entre as práticas se destaca o respeito a um calendário litúrgico de festas e obrigações, em que o centro do território de terreiros move-se para diferentes pontos deste, com a circulação da mãe-de-santo e de seus filhos.
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Bem, D. F. de; Dorfman, A. 2011. Terreiro, território e transnacionalização religiosa no Prata. In: Leila Christina Dias; Maristela Ferrari (Orgs.). Territorialidades Humanas e Redes Sociais. 1 ed. Florianópolis, 2011, v. 1, p. 91-113.