A fronteira internacional é usualmente vista como periferia da formação estatal, e na geopolítica, por exemplo, as metáforas mais recorrentes são de epiderme do corpo do estado (Friedrich Ratzel, 1872) ou fim da civilização (Frederick Turner, 1893). Num ponto de vista distante do lugar, a condição fronteiriça é imaginada como plena de restrições e conflitos, (Leia mais…)
A refuncionalização das barreiras comerciais internas na União Européia diminuiu as atribuições da Aduana e certas práticas de contrabando. Como parte da mutação da fronteira, respaldada em fundos da UE, observa-se o surgimento de trilhas turísticas, de museus de fronteira, de aduana e de contrabando e publicações onde a fronteira aparece como um lugar de (Leia mais…)
O contrabando é uma prática eminentemente geográfica, podendo ser descrito como o comércio ilícito baseado nas diferenças – de preço, qualidade e disponibilidade de mercadorias – geradas pelas barreiras aduaneiras associadas à delimitação dos Estados-Nação. Esse tipo de comércio internacional ilegal exige de seus agentes o conhecimento da geografia aplicada da fronteira, aprendida na experiência da (Leia mais…)
Este artigo discute as possibilidades de interação e troca cultural, social e econômica cotidianamente disponibilizadas à população da(s) cidade(s) de Santana do Livramento e Rivera, na fronteira Brasil-Uruguai. Os fronteiriços aumentam seu poder de compra abastecendo-se em ambos os lados da fronteira, e cabe discutir as formas de acomodação entre essa interação por vezes ilegal (Leia mais…)
O contrabando, em seus aspectos geográficos, adequa seu fluxos e fixos às demandas do mercado, às tecnologias disponíveis e à criminalização e/ou valorização de certos objetos por diferentes agentes. O comércio ilegal de agrotóxicos emerge na fronteira Brasil-Uruguai dado o grande diferencial em termos de legislação e preço. Enquanto no Brasil a produção, a comercialização (Leia mais…)
O sentimento de pertinência geográfica pode ser circunscrito através dos conceitos de identidade, etnicidade, cidadania, regionalismo e nacionalidade, sendo os três últimos mais claramente vinculados a escalas geográficas específicas. A discussão que segue visa instrumentalizar a interpretação da identidade de fronteira, especificamente da região-fronteira Brasil-Uruguai, requalificada pelo recente acordo de cidadania fronteiriça. [PDF] Dorfman, A. (Leia mais…)